quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

O Despertar do Centauro... BVIW - Crônica

                                                          2017

O Despertar do Centauro...

 

Todas as manhãs observo com atenção; o espelho trincado que reflete meu corpo e alma. Vivo em uma intrincada dualidade entre o instinto e a emoção, sendo forte/ frágil - meu olhar na tela de vidro busca harmonia, decisão, necessita encontrar uma saída dos “escombros” forjados nos sonhos guardados e na pele cerzida de dores que aos poucos deixou que perdessem os contornos, as cores e a maciez: metáforas ao alcance das mãos.

Ah! Nessa fragmentada realidade devaneio, quisera agora deitar-me em uma rede tecida com letras, entrelaçadas com reticências, e assim, sem medo, igual criança curiosa, balançar... Imaginando e sentindo que as palavras, pontuações e imagens estão, cuidadosamente, guardadas em gavetinhas de uma fina e antiga escrivaninha de mogno. As lembranças contidas em meu passado e presente são atraídas feito ímãs.

A sensação desse despertar de sonhos, prenúncio de  mudanças chegando invade-me e a emoção flui livre, buscando respostas, emolduradas nesses encontros, com o espelho, mesmo  repleto de inquietudes, mas de uma instigante necessidade de retirar meus  sonhos das gavetas, e assim renascer...


Vanice Zimerman IWA -
 21/02/2023

. Foto: 2017

. Signo: Sagitário

 ***

El Despertar del Centauro...

 

Todas las mañanas observo atentamente; el espejo resquebrajado que refleja mi cuerpo y mi alma. Vivo en una intrincada dualidad entre instinto y emoción, siendo fuerte/frágil - mi mirada en la pantalla de cristal busca armonía, decisión, necesita salir de los “escombros” forjados en los sueños guardados y en la piel zurcida por el dolor que poco a poco se fue perdiendo sus contornos, colores y suavidades: metáforas al alcance de la mano.

¡Oh! En esta realidad de ensoñación fragmentada, quisiera ahora acostarme en una hamaca tejida con letras, entrelazadas con reticencias, y así, sin miedo, como un niño curioso, columpiarme... Imaginando y sintiendo que las palabras, las puntuaciones y las imágenes son cuidadosamente guardadas en cajoncitos de un delgado y antiguo escritorio de caoba. Los recuerdos contenidos en mi pasado y presente son atraídos como imanes.

La sensación de este despertar de los sueños, presagio de cambios que se avecinan, me invade y la emoción fluye libre, buscando respuestas, enmarcadas en estos encuentros, con el espejo, llenos incluso de inquietudes, pero de una necesidad instigadora de sacar mis sueños del cajones, y así renacer...

 

Vanice Zimerman (traducción)

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário