Hoje, o perfume Da rosa branca despertou-me, Senti as pétalas Em oração - Carinhoso bálsamo, Aliviando as dores...
Emocionei-me Diante da fragilidade E, ao mesmo tempo a força Do diáfano Fio de Prata - Que esse caminhar Nas texturas e linhas Da Flor da Vida Seja com Paz e Amor E gotas de orvalho - Paz fluindo em versos, Desenhando hachuras N’alma que cansada Das dores sonha Em voar nas asas Da borboletinha branca Que ontem saiu do casulo...
No antigo mosteiro, Mãos em posição De prece abençoam -
Na Mandala de fitas cintilam; Ecos d’alma Fluem energias No espelho d’água Enquanto, a Gratidão Vestida de orvalho Umedece E uni as fitas em laços Aquietando as dores, Espargindo esperança - Paz... Um alegre Vento de Oração Ajuda-me a subir um a um Os degraus da cura, Nesse Renascer em tons de lilás – A Borboleta de cristal Liberta-se do casulo Aconchega-se ao jasmim Do aroma de incenso...
O rastro da aguada do teu copo - Implode na fluidez imóvel Do teu corpo Na, quase, transparência da tinta - Nesse namoro entre as tramas Da tela de algodão E o desassossego das tuas mãos - Bela inspiração, Lúcida loucura de Amor - Teu olhar Em busca da perfeição, Em teu copo banham-se Misteriosas metáforas, Enquanto, adormeço No aconchego do teu corpo...