Durante o dia aquele lugar não tinha nada de especial, era apenas um
beco, igual a muitos outros; algumas caixas de papelão vazias, latas de
cervejas e refrigerantes amassadas, vassouras velhas, e sobras de
materiais de construção... Que se acumulavam nas paredes antigas,
cobertas e recobertas de camadas de tintas... Mas, à noite algo
acontecia, como por encanto, quando a lua surgia o som de um violino,
aos poucos envolvia o local, as notas musicais deixavam-no bonito,
seguro, iluminando o beco, um beco sem saída, sem esperança de dias
melhores.
E assim, esperava a despedida do dia, e a companhia da
noite e do violino, magicamente tocado pelo misterioso músico, e da
presença, de uma chuva fina, que começa a cair, feito cintilantes gotas
de poesias...
By Vanice Zimerman (10 de outubro de 2013 - BVIW)
Tema:Beco