A ampulheta quebrada espalha areia e pedaços de vidros no
chão...
Pouco importa se foi o vento ou o gato curioso que a
derrubou do aparador.
Observo à areia caída no tapete como se fosse uma misteriosa
paisagem.
Ao aproximar-me do quebra - cabeça, encontro pequenos
espelhos, refletidos nos pedacinhos de vidros,
Sinto como se o tempo tivesse parado, e por alguns momentos
vejo o passado, desenhando lembranças de amor, saudade e esperança... Ouço sorrisos, promessas...
Volto a desejar a tua presença, tocar o teu corpo,
Abraçá-lo com força, e evitar a despedida...
Mas, a vida prossegue o tempo não volta. Apenas parou por
uns instantes mágicos.
Algumas lágrimas coloridas de emoção escapam suaves...
Junto com cuidado e admiração os pequenos cacosde vidros, para não me ferir...