domingo, 30 de setembro de 2018

Saudade

É interessante observar e sentir a solidão envolvendo e marcando os espaços; as dobras da cortina de renda, a cabeceira da cama, onde descansa entreaberto,  o livro de poesia de Baudelaire... a mesma solidão que acaricia, feito o vento, os porta- retratos, as flores do tapete e a tela inacabada, com uma imagem de Frida Kahlo.

Enquanto a  dor da saudade que oprime o peito busca um bálsamo nas lembranças, o olhar segue os caminhos desenhados pelo incenso de sândalo...

Lágrimas percorrem, demoradamante,  o  silêncio...
Vanice Zimerman, IWA
 01/10/2018

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