quarta-feira, 30 de maio de 2018

Desdobro a solidão em filigranas


Da janela entreaberta
Sinto o vento e,
Fecho os olhos,
Faço dobraduras com os sonhos
Desdobro a solidão
Em prateadas filigranas
Que me farão companhia,
Enquanto as horas, vagarosamente,
Tecem a madrugada fria
Desdobro a solidão
Em gotas de filigranas
Que junto com a lembrança
Dos teus carinhos
Emprestarão das tuas mãos,
Novelos de cores,
Beijados pelo tênue raio de sol-
Iniciando, assim mais um amanhecer...
Vanice Zimerman, IWA
 30/05/2018

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