sábado, 8 de abril de 2017

As mãos que colheram as uvas...


Feito,  finas rendas que com o tempo
Tornaram-se translúcidas e aos poucos,
Desapareceram,
As mãos que colheram as uvas,
Permanecem vivas, pulsando
Nas lembranças de outras mãos
Colhendo uvas em um antigo ritual
Árduo  e encantado,
Mantendo a tradição de colher com cuidado e,
Carinho, e assim  extrair
Dos doces cachos, o vinho...
As mãos que colheram as uvas,
Vivas permanecem em vinícolas,
E na solitária garrafa escura, ao lado do queijo,
E também, em telas
E no olhar de quem, curioso
As observa ao alcance das mãos
Em um fim de tarde, repleto
De cores, amor e silêncio...
Van Zimerman, IWA
08/04/2017

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